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Franchetto, B. (Ed.) 2011. Alto Xingu: Uma sociedade multilíngue. Rio de Janeiro: Museu do Índio-Funai.Este livro apresenta os resultados do Projeto 'Evidências linguísticas para o entendimento de uma sociedade multilíngue: o Alto Xingu', apoiado pelo CNPq através do Edital Universal 2006. Os artigos aqui reunidos são versões atualizadas dos trabalhos discutidos em workshop realizado de 17 a 22 de março de 2008 no Museu Nacional-UFRJ, no Rio de Janeiro. O objetivo de um grupo de pesquisadores, sobretudo linguistas, foi o de ampliar e aprofundar as respostas hoje possíveis a uma questão central para o conhecimento das sociedades e das línguas nativas das terras baixas da América do Sul, em particular da Amazônia meridional: quais foram e quais são ainda hoje os processos de gênese e reprodução do sistema indígena multilíngue e multiétnico conhecido como Alto Xingu.
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This edited volume offers a collection of twelve interlinear texts reflecting the vast linguistic diversity of Amazonia as well as the rich verbal arts and oral literature traditions of Amazonian peoples. Contributions to the volume come from a variety of geographic regions and represent the Carib, Jê, Tupi, East Tukano, Nadahup, and Pano language families, as well as three linguistic isolates. The selected texts exemplify a variety of narrative styles recounting the origins of constellations, crops, and sacred cemeteries, and of travel to worlds beyond death. We hear tales of tricksters and of encounters between humans and other beings, learn of battles between enemies, and gain insight into history and the indigenous perspective of creation, cordiality and confrontation.
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Através de 17 capítulos, além de uma densa introdução, escritos por linguistas de primeira linha e engajados na defesa dos direitos indígenas, inclusive linguísticos, o leitor é levado para uma viagem pelas línguas dos povos originários no Brasil, do noroeste amazônico ao Brasil central. Cada língua nos dá um ou mais presentes, ao iluminar aspectos fascinantes de sua gramática. Mais um desafio: entender como as línguas são e funcionam, como elas se parecem e diferem, tanto entre si quanto em relação ao português. É uma iniciativa de pesquisadores que querem aproximar as línguas indígenas do público não especialista no assunto. Por isso, os fatos linguísticos são apresentados de uma maneira simples, mas rigorosa, com muitos exemplos, numa linguagem atraente, de modo a conduzir os leitores, de todos os tipos e proveniências, a descobertas e à reflexão crítica. Índio não fala só tupi é uma ótima oportunidade para um encontro íntimo com a beleza de cada língua, numa paisagem da diversidade que é também a riqueza do Brasil.
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OUTROS
- Línguas indígenas: artes da palavra
- Curso: Línguas Ameríndias: conhecer, documentar. descrever. Museu Nacional-UFRJ, PPGAS
- Franchetto, Bruna. 2008. A guerra dos alfabetos: Os povos indígenas na fronteira entre o oral e o escrito. Revista MANA, vol. 14, n. 1.
- Línguas Indígenas e Gramática Universal - Marcus Maia, Bruna Franchetto, Miriam Lemle, Márcia Damaso Vieira
- Línguas retomadas: experiências de (re)vitalização de línguas de povos originários - Bruna Franchetto e Marcus Maia (organizadores)
- Amerindian conceptions on 'writing', as object and practice - Bruna Franchetto
- Língua(s): Cosmopolíticas, micropolítica, macropolíticas - Bruna Franchetto