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O patxohã é a língua que está sendo retomada pelo povo Pataxó, que habita no sul do Estado da Bahia e norte de Minas Gerais. Esta empreitada surgiu nas aldeias, através da pesquisa de um grupo pataxó, criado em 1999, que se empenhou em buscar fontes para o conhecimento da língua.
“Há pouco tempo atrás, nós educadores e lideranças Pataxó preocupados em manter o nosso jeito de ser Pataxó e afirmar nossos costumes, nos convencemos de nosso papel de organizadores de nossa sociedade e passamos, de forma independente, a fazer estudos mais detalhados de nossa língua. Depois de muito estudo, apesar de não sermos conhecedores de lingüística, porém levados por grande desejo de descoberta e aprender tudo sobre a nossa língua, passamos a chamar nossa linguagem de patxôhã, para marcar nosso trabalho. Que quer dizer: pat são as iniciais da palavra pataxó; atxohã é língua; xôhã é guerreiro. Ou seja, linguagem de guerreiro”. (Pesquisadores Pataxó, 2004) |
Patxohã:
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Curso “Pensando a Língua”
30 de janeiro a 10 de fevereiro de 2017, Reserva Indígena da Jaqueira (município de Porto Seguro, BA).
O curso “Pensando a Língua” foi ministrado pela Profa. Dra. Bruna Franchetto (UFRJ), em uma iniciativa do Programa “Arte, história e língua maxakali-pataxó: educação pública intercultural e integral na região sul da Bahia, com apoio PROEXT-MEC e da UFSB. Agradecemos a Profa. Dra. Rosângela Pereira de Tugny pelo convite e pela oportunidade de conhecer os Pataxó, o grupo Atxohã (professores e pesquisadores pataxó) e sua luta pela retomada da terra e da língua, hoje chamada de “Patxohã”.
Foram duas semanas intensas de aulas, exercícios, discussões e intercâmbios, com um público de cerca de 40 Pataxó, não apenas moradores da Jaqueira, mas também de outras aldeias pataxó. Durante a primeira semana, tivemos o prazer de ter conosco três falantes da língua Maxakali: Isael, Sueli e Rogério. No processo de resgate do Patxohã, as trocas de saberes e linguísticas entre Maxakali e Pataxó não são recentes e no curso conseguimos mostrar para todos as características gerais do Maxakali e ensaiar comparações dos léxicos maxakali e patxohã. Aulas expositivas sobre fonologia, morfologia e sintaxe, trabalhos em grupo, discussões e apresentações de monografias e pesquisas criaram uma dinâmica própria que permitiu aprender coisas novas, desconstruir pré-conceitos e aprofundar questões específicas ligadas à ampliação do léxico patxohã e o desenvolvimento dessa língua para a formação de frases e a interação verbal. Cada dia foi regado por cantos, maxakali e pataxó. |
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Fotos do curso:
1- Cantos maxakali e pataxó, lado a lado. 2- Isael, Sueli e Rogério Maxakali, no curso. 3- Estudando um canto maxakali composto por Rogério.
4- Luta pela terra pataxó: a comunidade de Aratikum reconstrói o que foi destruído na execução de um mandato de reintegração de posse em outubro 2016.
5- Os professores pataxó Anari, Arissana e Ajuru. 6– Estudando palavras patxohã.
1- Cantos maxakali e pataxó, lado a lado. 2- Isael, Sueli e Rogério Maxakali, no curso. 3- Estudando um canto maxakali composto por Rogério.
4- Luta pela terra pataxó: a comunidade de Aratikum reconstrói o que foi destruído na execução de um mandato de reintegração de posse em outubro 2016.
5- Os professores pataxó Anari, Arissana e Ajuru. 6– Estudando palavras patxohã.
O trabalho continua com o acompanhamento do trabalho dos pesquisadores pataxó e com a pesquisa de Anari Braz Bomfim, membro do grupo Atxohã e agora doutoranda no PPGAS (Museu Nacional, UFRJ), onde desenvolverá uma tese sobre o patxohã.